Queda de 11% na tarifa aérea em três anos e redução do preço do querosene ampliam viagens nacionais, tarifa média em 2025 foi R$ 642,19, segundo levantamento do MPor com dados da Anac
A tarifa média da passagem aérea em voos nacionais caiu 11% entre janeiro e outubro de 2025, na comparação com o mesmo período de 2022, já considerando a inflação.
O valor médio das passagens comercializadas em 2025 ficou em R$ 642,19, contra R$ 721,57 registrado em 2022, segundo o levantamento.
Os preços recuaram de forma contínua nos últimos três anos, com R$ 680,28 em 2023 e R$ 646,83 em 2024, refletindo medidas do governo e queda no custo do querosene.
conforme informação divulgada pelo Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), com base em dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Por que a tarifa aérea caiu
Entre as medidas citadas para a redução das tarifas está a negociação do governo com a Petrobras para baratear o querosene de aviação, que tem grande peso nos custos das companhias.
Em declaração oficial, o ministro afirmou, “Negociamos com a Petrobras a redução do custo do querosene de aviação (QAv), que representa cerca de 40% dos gastos das companhias aéreas. Com isso, o preço do QAv em outubro deste ano ficou 29% menor que o valor registrado em outubro de 2022 e o a tarifa média caiu 11% de lá pra cá. Nesse mesmo período, cresceu sete pontos percentuais o número de passagens com valor abaixo de R$ 500, chegando a mais da metade dos assentos vendidos”, afirmou o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.
O recuo de 29% no preço do QAv e o aumento da oferta de bilhetes abaixo de R$ 500 ajudam a explicar a queda na tarifa média e a maior competição por preço entre as companhias.
Impacto no número de passageiros
A redução do preço das passagens veio acompanhada de crescimento no mercado doméstico, com aumento de 24% no número de pessoas voando em três anos.
De janeiro a outubro de 2025, mais de 83 milhões de turistas viajaram em voos comerciais pelo Brasil, contra 67,1 milhões transportadas em 2022, segundo o levantamento.
Sobre esse avanço, o ministro destacou, “O governo do presidente Lula está trabalhando para que mais brasileiros tenham acesso ao transporte aéreo. O avanço de 24% nesse indicador mostra o quanto conseguirmos avançar em três anos. Se mantivermos a média de crescimento nos últimos dois meses do ano, a aviação doméstica vai ultrapassar a marca de 100 milhões no ano. Feito nunca antes alcançado na história do nosso país”, destacou Costa Filho.
O que muda para o consumidor
Com tarifas mais baixas e maior oferta de assentos com preço reduzido, viajar tende a ficar mais acessível para famílias e turistas que antes optavam por outros modais.
Consumidores devem acompanhar promoções e ajustar a antecedência da compra, pois a combinação de queda no custo do QAv e competição entre companhias deve manter oferta de bilhetes a preços mais baixos.
Perspectivas e riscos
Se a tendência de queda nos custos se mantiver, a expectativa é de continuidade no crescimento dos embarques, mas fatores como variações no preço do combustível, capacidade das companhias e pressão inflacionária podem afetar o ritmo de redução das tarifas.
Em resumo, a queda de 11% na tarifa média e o aumento de 24% nos passageiros domésticos mostram maior acessibilidade, mas o cenário depende da manutenção das medidas que reduziram o custo do QAv e das dinâmicas do mercado aéreo.
