- O que aconteceu: Pilotos e comissários, representados pelo SNA, entraram em estado de greve após a categoria rejeitar duas propostas de renovação da CCT, uma delas mediada pelo TST.
- Por que importa: A pauta inclui ganho real de salário e combate à fadiga, tema diretamente ligado à saúde dos tripulantes e à segurança operacional.
- O que muda na prática: Por ora, nada muda nas operações: voos seguem normalmente até a assembleia de segunda-feira (29/12), às 9h30, na sede do SNA em São Paulo.
Por Redação EPA
Pilotos e comissários de voo no Brasil estão em estado de greve a partir desta terça-feira (23/12), após rejeitarem duas propostas de renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
Para quem acompanha notícias da aviação, o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) informou que as propostas — uma apresentada pelo SNEA e outra mediada pelo TST — não contemplaram ganho real de salário nem avanços em áreas prioritárias, como o combate à fadiga.
Segundo o SNA, os tripulantes seguem trabalhando normalmente até a assembleia de deflagração de greve, marcada para segunda-feira (29/12), às 9h30, na sede do sindicato, em São Paulo.
O sindicato também afirmou que, enquanto negam aumento real, as empresas registraram lucros recordes em 2025; citou a Azul, que, mesmo em recuperação judicial, apresentou resultados positivos. A decisão sobre a paralisação caberá à assembleia convocada.
O que isso muda na prática (piloto, mecânico e aluno)
- Pilotos e comissários: até a assembleia, cumpra a escala normalmente. Mantenha registros atualizados de jornada e repouso, conforme a Lei do Aeronauta (Lei 13.475/2017).
- Operações e manutenção: acompanhe comunicados internos das empresas para eventuais ajustes de escala, trânsito de tripulação e programação de manutenção.
- Alunos e instrutores: cheques, voos de instrução e simuladores seguem sem alteração anunciada; monitore avisos de escola/aeroclube e aeroportos.
- Comunicação: use canais oficiais (SNA/empresa) para orientações formais. Evite decisões operacionais com base em rumores.
Análise Técnica EPA: segurança operacional e instrução
A discussão traz ao centro fatores humanos e gerenciamento da fadiga. Em aviação comercial (RBAC 121) e táxi aéreo (RBAC 135), a segurança depende de planejamento de jornada, repouso adequado e reporte de fadiga sem punição — pilares alinhados às boas práticas de FRMS (Sistema de Gerenciamento do Risco de Fadiga) dentro do SGSO.
A Lei do Aeronauta (13.475/2017) estabelece limites de jornada e repouso para tripulantes no Brasil. Programas de treinamento devem reforçar CRM, tomada de decisão e autorreportes, especialmente em períodos de negociação trabalhista, quando tensões podem aumentar a carga mental. Para quem acompanha notícias de aviação, vale redobrar a atenção ao cumprimento de procedimentos, checklists e briefings.
Recomendação geral: mantenha documentação pessoal válida, registros de jornada precisos e reporte qualquer limitação operacional por fadiga via canais previstos pelo operador, preservando a segurança antes de metas comerciais.
O que sabemos e o que ainda falta confirmar
- Confirmado: SNA decretou estado de greve em 23/12 após rejeição de duas propostas de CCT (uma mediada pelo TST).
- Confirmado: Operações seguem normais até a assembleia de segunda-feira (29/12), às 9h30, na sede do SNA, em São Paulo.
- Em apuração: Resultado da assembleia e eventuais impactos em escalas e operações das empresas aéreas.
Mini-glossário (1 minuto)
- CCT (Convenção Coletiva de Trabalho): acordo entre sindicato e empresas que define condições de trabalho, remuneração e benefícios.
- Lei do Aeronauta (13.475/2017): norma que rege jornada, repouso e direitos dos tripulantes aéreos no Brasil.
- TST (Tribunal Superior do Trabalho): órgão do Judiciário trabalhista que pode mediar negociações coletivas.
Fontes consultadas
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