Governo dos EUA compra seis Boeing 737 para voos de deportação, objetivo é acelerar remoções, inclusive de brasileiros, e reduzir custos operacionais

Departamento de Segurança Interna dos EUA firma aquisição de aeronaves para operar voos de deportação, buscando eficiência, economia e maior controle sobre operações do ICE

O Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos vai criar uma frota própria para **voos de deportação**, comprando seis jatos Boeing 737, em contrato avaliado em US$ 140 milhões.

A aquisição, segundo as informações, tem como objetivo tornar as operações do ICE mais eficazes e permitir padrões de voo mais eficientes, segundo declaração oficial do DHS.

As informações sobre a compra e os argumentos do departamento foram divulgadas à imprensa e confirmadas pelo DHS, conforme informação divulgada pelo Washington Post e pelo próprio Departamento de Segurança Interna dos EUA (DHS).

Detalhes do contrato e operações

O contrato, com valor aproximado de US$ 140 milhões, foi firmado com a empresa de manutenção aeronáutica militar Daedalus Aviation para a compra de seis Boeing 737, destinados a operações de voos de deportação. A intenção é reduzir a dependência de aeronaves fretadas por operadores comerciais, atualmente supervisionadas pelo ICE Air Operations.

Motivações e metas do DHS

Em agosto, havia relatos de que a secretária do DHS, Kristi Noem, buscava aumentar o financiamento do departamento para adquirir e operar uma frota própria, com a meta de deportar até 35 mil imigrantes por mês. Em novembro, o DHS também teria procurado a companhia Spirit Airlines para negociar a compra de dez aeronaves, apesar da empresa estar sob proteção do Capítulo 11 de falência.

Custos atuais e economia projetada

Atualmente, o departamento informa que o custo médio de um voo fretado diário programado é de US$ 8.577 por hora de voo, enquanto voos especiais de alto risco podem custar até US$ 26.795 por hora. O DHS afirma que a aquisição da frota própria resultará em uma economia estimada de US$ 279 milhões para os contribuintes americanos.

Declarações oficiais e implicações

A porta-voz do DHS, Tricia McLaughlin, confirmou o acordo nas redes sociais, ressaltando que “essas aeronaves permitirão que o ICE opere de forma mais eficaz, inclusive utilizando padrões de voo mais eficientes”. A compra sinaliza uma mudança direta para centralizar as operações de voos de deportação sob gestão governamental.

Especialistas e grupos de defesa dos direitos dos imigrantes podem questionar os impactos humanitários e legais dessa estratégia, enquanto autoridades enfatizam a previsão de economia e maior controle logístico.

Rolar para cima