- O que aconteceu: O presidente Emmanuel Macron autorizou a construção do novo porta‑aviões nuclear PANG, sucessor do Charles de Gaulle.
- Por que importa: O PANG será o pilar de projeção naval francesa, com reatores nucleares e catapultas eletromagnéticas, reduzindo vulnerabilidades estratégicas.
- O que muda na prática: Impacto direto em formação de pilotos navais, procedimentos de manutenção nuclear e cadeia de fornecedores nacionais.
Por Redação EPA
Lead:
O presidente Emmanuel Macron anunciou no último domingo (21) a autorização para construir o Porte‑Avions Nouvelle Génération — notícia importante para quem acompanha notícias da aviação e operações navais.
O anúncio, feito durante visita às forças francesas em Abu Dhabi, confirma detalhes já apresentados em 2023 e define marcos: construção a partir da segunda metade desta década e entrada em serviço prevista para 2038.
Linha do tempo
- 2023 — primeiros detalhes públicos do projeto PANG divulgados.
- 21 (último domingo) — anúncio por Emmanuel Macron autorizando a construção.
- Segunda metade desta década — início previsto da construção.
- Final da década — avaliação sobre possível extensão de vida do Charles de Gaulle.
- 2038 — data alvo para entrada em serviço do PANG.
O que isso muda na prática (piloto, mecânico e aluno)
- Pilotos embarcados: preparação para operar com catapultas EMALS e integração com veículos não tripulados; treinamentos de adaptação ao novo pacote de desempenho de decolagem/pouso.
- Mecânicos e engenheiros: manutenção de reatores nucleares e de sistemas eletromagnéticos exigirá capacitação específica e certificações, além de procedimentos de segurança radiológica.
- Alunos e instrutores: novas demandas de formação em operações embarcadas, procedimentos de emergência e suporte a UAS embarcados; oportunidades de carreira na indústria de defesa.
- Cadeia logística: envolvimento de ~800 fornecedores, com destaque para PMEs — aumento de demanda por peças, inspeções e documentação técnica.
Análise Técnica EPA: segurança operacional e instrução
O PANG será maior que o Charles de Gaulle (>80.000 t, ~310 m) e manterá propulsão nuclear. A adoção de catapultas eletromagnéticas (EMALS) muda perfis de lançamento e exige:
- Atualização de procedimentos de lançamento e recuperação para pilotos, incluindo envelopes de carga e perfis de aceleração diferentes dos sistemas a vapor.
- Treinamento de equipes de convés em novos riscos elétricos e de integração com UAS embarcados; checagens pré‑voo e listas de verificação (checklists) deverão ser revistas.
- Para manutenção: protocolos de controle radiológico e inspeção do casco que considerem a longevidade dos reatores; aumentará a importância de documentação técnica e programas de manutenção programada.
Nota técnica: ICAO (Organização da Aviação Civil Internacional) define padrões internacionais; adaptações operacionais de aviação embarcada devem seguir normas locais e acordos bilaterais para operações em áreas internacionais.
Recomendação prática EPA: escolas e centros de treinamento devem antecipar currículos sobre operações em porta‑aviões com ênfase em (1) procedimentos de catapulta/gancho; (2) compatibilidade entre tipos de aeronaves e EMALS; (3) segurança radiológica básica para equipes de convés e manutenção.
O que sabemos e o que ainda falta confirmar
- Confirmado: Macron autorizou a construção do PANG e apresentou o projeto como sucessor do Charles de Gaulle.
- Confirmado: Especificações públicas: >80.000 toneladas, ~310 m, grupo aéreo de ~30 aeronaves, tripulação estimada em 2.000, propulsão nuclear e catapultas EMALS.
- Em apuração: datas precisas de início de construção e cronograma detalhado de entregas dos fornecedores; planos de treinamento e certificação específicos para equipes brasileiras/estrangeiras que possam operar embarques em interoperabilidade.
Mini-glossário (1 minuto)
- PANG: Porte‑Avions Nouvelle Génération, nome do novo porta‑aviões nuclear francês.
- EMALS: Electromagnetic Aircraft Launch System, catapulta eletromagnética usada para lançar aeronaves de convés.
- ZEE: Zona Econômica Exclusiva, área marítima onde um país tem direitos especiais sobre recursos.
Fontes consultadas
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