Capa horizontal representando Boeing atrasa o novo Air Force One para 2028, sem textos escritos

Boeing atrasa o novo Air Force One para 2028 — o que muda na prática

  • O que aconteceu: A Força Aérea dos EUA (USAF) confirmou que os dois VC‑25B, baseados no Boeing 747‑8i, só entram em serviço em 2028.
  • Por que importa: O programa é referência em conversões complexas e certificação; atrasos afetam planejamento, custos, treinamentos e lições de gestão de risco em grandes frotas governamentais.
  • O que muda na prática: Reforça a necessidade de prazos realistas para STCs, controle de configuração, qualificação de manutenção e treinos em sistemas de missão e comunicações aeronáuticas.

Por Redação EPA

A USAF confirmou, em comunicado citado pela Reuters, que os VC‑25B (Boeing 747‑8i) serão entregues apenas em 2028, estendendo um cronograma já revisado. A atualização repercute nas notícias da aviação por envolver a aeronave presidencial dos EUA.

O projeto, inicialmente previsto para 2024 e depois para 2027, passa por extensas modificações de segurança, comunicações e interiores. Segundo as informações disponíveis, o contrato de preço fixo limitou a possibilidade de acelerar trabalhos críticos.

As células foram produzidas no fim de 2014 para a Transaero e posteriormente adquiridas. A pressão política para que os jatos voem antes de 20 de janeiro de 2029 aumentou a visibilidade do cronograma, mas sem alterar a nova data alvo oficial.

Em paralelo, um 747‑8 BBJ do Catar, em modificação pela L3Harris, é apontado como avião “tampão”, com expectativa de disponibilidade a partir de 2026, até a chegada dos VC‑25B.

O que isso muda na prática (piloto, mecânico e aluno)

  • Planejamento e prazos: conversões VIP e upgrades críticos raramente são lineares. Considere buffers de tempo e risco em STCs, ensaios e comissionamento de sistemas.
  • Manutenção e configuração: redobre controle de configuração, documentação técnica e gestão de alterações (engineering change). Isso evita retrabalho e atrasos em liberação de aeronavegabilidade.
  • Treinamento: prepare-se para currículos modulares (sistemas elétricos, comunicações seguras, evacuação, FMS de longo curso). Treinos orientados a cenário reduzem erros de integração.
  • Carreira: oportunidades em MRO/engenharia crescem com programas de alta complexidade. Certificações e experiência com STC e testes em solo/voo pesam no currículo.

Análise Técnica EPA: segurança operacional e instrução

Projetos presidenciais agregam sistemas de missão, redundâncias e requisitos de segurança além do padrão comercial. Isso pressiona cadeia de suprimentos, certificação e testes integrados.

Para o Brasil, vale a analogia regulatória: o RBAC 21 (certificação de produtos aeronáuticos) e o RBAC 25 (requisitos de aeronaves de transporte) têm paralelos com o processo de STC e conformidade de sistemas. Em operação, o RBAC 91 (regras gerais de operação) parametriza práticas de segurança e manutenção para operadores especiais.

Do ponto de vista de fatores humanos, prazos comprimidos elevam risco de erro. Mitigações incluem verificação independente (IV&V), auditorias de configuração e utilização de NOTAMs/TLs internos de engenharia para comunicar limitações provisórias de sistemas até a aceitação final.

Para quem acompanha notícias aviação, fica a lição: cronogramas de alto nível precisam ser revistos à luz de marcos verificáveis (design freeze, first power-on, ground/flight test, aceitação do cliente).

O que sabemos e o que ainda falta confirmar

  • Confirmado: Entradas em serviço dos VC‑25B foram postergadas para 2028, segundo a USAF (via Reuters).
  • Confirmado: As duas células 747‑8i foram originalmente fabricadas em 2014 para a extinta Transaero e vêm sendo modificadas.
  • Em apuração: Marcos detalhados do cronograma de testes de voo, certificações complementares e datas de entrega intermediárias não foram divulgados publicamente.
  • Em apuração: Previsão final do custo total do programa e eventuais ajustes contratuais.
  • Em apuração: Entrega do 747‑8 BBJ “tampão” em 2026 depende da conclusão das modificações pela L3Harris.

Mini-glossário (1 minuto)

  • VC‑25B: Designação da USAF para o 747‑8i modificado que cumprirá a função de Air Force One.
  • BBJ (Boeing Business Jet): Versão VIP corporativa de modelos Boeing, com interiores e sistemas personalizados.
  • STC (Supplemental Type Certificate): Certificado suplementar que aprova alterações significativas em aeronaves certificadas.

Fontes consultadas


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