- Fluxo em alta: quase 182 mil passageiros e 1.436 voos entre 20/12 e 04/01, alta de 8% e 7% ano a ano.
- Impacto técnico: picos de tráfego exigem ATFM/CTOT, gestão de pátio e turnarounds mais curtos conforme RBAC 139.
- Por que ler: dicas práticas para planejar combustível, checar NOTAM de SBBE e aproveitar oportunidades de escala e manutenção.
Você que estuda aviação precisa saber disso: o Aeroporto Internacional de Belém (**SBBE**), sob gestão da **Norte da Amazônia Airports (NOA)**, espera quase 182 mil viajantes em 16 dias (20/12 a 04/01). São 1.436 voos — com 11 extras — e crescimento de 8% no fluxo de passageiros na comparação anual. **GOL** reforça **Guarulhos** e **Galeão**; a **Azul**, **Viracopos**.
A concessionária investiu R$ 450 milhões em modernização, antecipada para a **COP30**, cuja operação foi concluída em Belém. Segundo a NOA, a infraestrutura está pronta para a alta demanda.
(Sugestão de imagem: Fachada do terminal de Belém à noite, pátio com aeronaves em solo e equipes de solo em operação)
Análise técnica: o que essa alta de 8% significa na prática
Tecnicamente falando, 182 mil passageiros e 1.436 voos em 16 dias significam, em média, 11.375 pax/dia e 90 movimentos/dia. A razão aproximada é de 127 passageiros por voo, indicando ocupação consistente com narrow-bodies típicos de rotas domésticas. O desafio real acontece na hora-pico: filas de inspeção, esteiras, pátio e uso de pontes de embarque.
Para o aeródromo, o foco é cumprir o RBAC 139 (Certificação Operacional de Aeródromos) em segurança de pátio, balizamento, SGSO e resposta a emergências. Para as empresas aéreas (RBAC 121/135), a pressão está no turnaround curto: coordenação de abastecimento, limpeza, catering e despacho dentro da janela ATFM.
ATFM e CTOT no cenário brasileiro
Com picos sazonais, o CGNA pode aplicar medidas de ATFM (como CTOT), ajustando as decolagens para manter a taxa de fluxo na TMA. Na minha experiência instruindo alunos, é aqui que planejamento fino faz diferença: cada minuto conta para não perder janela e evitar esperas.
Boas práticas para pilotos (banca ANAC e vida real)
- Briefing de NOTAM e AIP de SBBE: horários de serviços ATS, obras, restrições temporárias.
- Combustível de contingência: considere esperas em TMA e taxi mais longos na hora-pico. Cai em banca de RBAC 61 no tema planejamento e regulamentos de tráfego.
- Despacho e MEL: com operação intensa, avalie impacto de itens inoperantes no ciclo de solo. Coordene antecipadamente para evitar atrasos.
- Meteorologia amazônica: convecção típica da estação pode impor desvios e alternados. Relembre leitura de TAF/METAR e tomada de decisão.
Para mecânicos e comissários
- Mecânicos: pressão em turnaround exige disciplina em FOD, sinalização, coordenação com abastecimento e respeito a tempos de resfriamento. Registre corretamente no TLB; evita AOG em hora crítica.
- Comissários: fluxos de embarque/desembarque em picos exigem comunicação assertiva e gerenciamento de cabine para acelerar boarding sem perder segurança.
O que mudou em Belém
A NOA relata modernização ampla no terminal e área operacional, antecipada em quase um ano para a COP30. Isso normalmente implica melhorias em conforto, processamento de passageiros e eficiência de pátio — pontos críticos para manter o nível de serviço IATA na alta temporada.
Dica de Ouro (prova e cockpit): Relacione demanda de fim de ano com performance-based decision making. Planeje ETD/ETA fora da hora-pico quando possível, revise NOTAM, cheque disponibilidade de posições no pátio e esteja atento a CTOT. É conteúdo que aparece em planejamento de voo e regulamentos nas bancas da **ANAC**.
Números-chave para seu briefing
- 182 mil passageiros (20/12 a 04/01)
- 1.436 voos (alta de 7% vs. ano anterior)
- 11 voos extras (reforço **GOL** e **Azul** para **Guarulhos**, **Galeão** e **Viracopos**)
Resumo do instrutor: alta demanda bem gerida é oportunidade de operação segura e eficiente. Quem se prepara em planejamento, ATFM e procedimentos de pátio sai na frente — na banca e no mercado.
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Seja para Piloto Privado, Comercial, Comissário ou Mecânico, a base teórica é o pilar da segurança de voo. Não conte com a sorte na hora da prova.
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