Imagem de capa horizontal 16:9 representando ZeroAvia garante 2 anos com foco em propulsão a hidrogênio

ZeroAvia garante 2 anos de fôlego com novo aporte para propulsão a hidrogênio

  • O que aconteceu: A ZeroAvia concluiu uma nova rodada de financiamento e estendeu seu capital de operação por dois anos para acelerar a propulsão e energia a hidrogênio.
  • Por que importa: A empresa já fornece o SuperStack Flex ao setor de defesa, tem DOA da CAA e avança para certificações, com uso potencial em eVTOL e regionais.
  • O que muda na prática: Tripulações e manutenção devem se preparar para operações elétrico-hidrogênio: alta tensão, segurança com H2, novos checklists e qualificação técnica.

Por Redação EPA

A ZeroAvia fechou uma nova rodada de financiamento e ganhou fôlego de dois anos para acelerar a propulsão e geração de energia a hidrogênio na aviação e defesa.

Para quem acompanha notícias da aviação, o aporte permite à empresa manter a industrialização do SuperStack Flex e avançar nos passos para certificação, após obter em novembro a Aprovação de Organização de Projeto (DOA) da CAA do Reino Unido.

Hoje, a ZeroAvia já fornece o sistema modular de célula de combustível SuperStack Flex para aplicações de defesa; cresce o interesse para VANTs (drones), eVTOL e aviação comercial convencional. O módulo pode sustentar propulsão elétrica e geração de energia embarcada, com densidade de potência superior à de baterias, menor ruído e emissões zero, além de maior resistência operacional, segundo a empresa.

O SuperStack Flex também é peça central do ZA600, primeiro sistema de propulsão hidrogênio-elétrico da empresa para aeronaves de 10 a 20 assentos. O protótipo já foi extensamente testado em voo; há centenas de pedidos de motores (incluindo cliente de lançamento) e financiamento para apoiar a entrada em serviço de 15 aeronaves na Noruega — foco atual é alcançar a primeira certificação que viabilize essas oportunidades.

A rodada teve liderança de Barclays Climate Ventures, Breakthrough Energy Ventures, Ecosystem Integrity Fund, Horizons Ventures, Summa Equity e AP Ventures, com participação do Fundo Nacional de Riqueza e do Banco Nacional de Investimento da Escócia. Para o fundador e CEO Val Miftakhov, o novo capital acelera as frentes mais imediatas, como o SuperStack Flex, reduzindo riscos das fases seguintes.

O que isso muda na prática (piloto, mecânico e aluno)

  • Piloto: Treinamento em gestão de energia elétrica, leitura de limitações do AFM e procedimentos anormais para célula de combustível; revisão de MEL e briefings de contingência.
  • Mecânico: Competências em alta tensão, integridade de sistemas de hidrogênio (detecção de vazamentos, ventilação, purga), EPI e bloqueio/etiquetagem; familiaridade com BITE e documentação de manutenção.
  • Aluno/Carreira: Acompanhar certificações de sistemas elétrico-hidrogênio e oportunidades em regionais/eVTOL; buscar cursos de segurança com H2 e elétrica aeronáutica.

Análise Técnica EPA: segurança operacional e instrução

O avanço aponta para operações com arquitetura elétrico-hidrogênio, que trazem benefícios (ruído/assinatura térmica reduzidos, manutenção potencialmente menor) e novos riscos: alta tensão, manuseio de hidrogênio e nova lógica de gerenciamento de energia. Para o leitor que acompanha noticias da aviação, o recado é claro: qualificação específica será diferencial.

No âmbito regulatório, o DOA da CAA é um passo para aprovar projetos; quando aplicável no Brasil, a certificação de produto segue o RBAC 21 (regra da ANAC para certificação de produtos e partes aeronáuticas). Em operação, exigências de treinamento e manuais decorrem dos RBAC 91/121/135 — regras que tratam de operação geral e transporte público regular/não regular — conforme a categoria do operador e do equipamento.

Recomendação de escola: operadores devem desenvolver SOPs cobrindo abastecimento/armazenamento de hidrogênio, zonas perigosas, resposta a vazamentos, isolamento elétrico, combate a incêndio específico e procedimentos de manutenção preventiva; tripulações devem treinar CRM/TEM focado em gestão de energia e falhas de célula de combustível.

O que sabemos e o que ainda falta confirmar

  • Confirmado: Nova rodada de financiamento estende o capital de operação por dois anos e mantém a industrialização da tecnologia da ZeroAvia.
  • Confirmado: Fornecimento do SuperStack Flex para defesa; interesse crescente em VANTs, eVTOL e aviação comercial convencional.
  • Confirmado: DOA concedida pela CAA em novembro; ZA600 voltado a aeronaves de 10–20 assentos, com protótipo testado em voo e centenas de pedidos.
  • Em apuração: Valor total da rodada, cronograma detalhado de certificação e datas de entrada em serviço.
  • Em apuração: Especificação final de clientes e configurações para implantação comercial.
  • Em apuração: Requisitos de treinamento e manutenção publicados para operadores civis.

Mini-glossário (1 minuto)

  • Célula de combustível: Dispositivo que converte hidrogênio e oxigênio em eletricidade, emitindo água e calor.
  • DOA (Design Organisation Approval): Aprovação que habilita uma organização a realizar projetos aeronáuticos sob a autoridade da CAA.
  • RBAC 21: Regulamento brasileiro que trata da certificação de produtos aeronáuticos, peças e alterações (ANAC).

Fontes consultadas


✈️ Não seja surpreendido na banca da ANAC

Notícias mudam, mas a base teórica é o que garante sua segurança e sua carteira. Garanta sua aprovação estudando com quem entende.

👉 Simulados ANAC

Rolar para cima