EUA recuperam F/A-18F e MH-60R no Mar do Sul da China

O fato

Em 5 de dezembro, a 7ª Frota da Marinha dos Estados Unidos concluiu uma operação de salvamento complexa que recuperou um F/A-18F Super Hornet e um MH-60R Seahawk que haviam afundado em acidentes ocorridos em 26 de outubro durante operações a partir do porta-aviões USS Nimitz (CVN-68), no Mar do Sul da China. As duas aeronaves submergiram com menos de meia hora de diferença; todas as tripulações foram resgatadas com vida. Destroços foram erguidos de aproximadamente 120 metros após inspeções submarinas com ROVs e mapeamento do fundo do mar.

Análise técnica e educacional

Do ponto de vista técnico, a operação combinou capacidade de inteligência, logística naval e técnicas de salvamento submarino. Foram empregadas unidades especializadas como o SUPSALV (Supervisor of Salvage and Diving), Task Force 73, Task Force 75 e a Mobile Diving and Salvage Unit (CTG 73.6). O uso de ROVs (Veículos Operados Remotamente) é padrão em profundidades onde a atuação humana direta é limitada: ROVs permitem inspeção, mapeamento e preparação para o içamento sem expor mergulhadores aos riscos de grandes profundidades.

O sistema de içamento não tripulado mobilizado indica duas prioridades operacionais: minimizar o tempo de exposição do local — crucial em áreas com forte vigilância adversária — e preservar a integridade de componentes sensíveis. Em acidentes navais que envolvem aeronaves, há risco de exposição de aviónica, módulos eletrônicos, dados criptografados e sensores. Para investigações e para segurança operacional, manter a cadeia de custódia e realizar transporte controlado para análises forenses é essencial.

Para estudantes de pilotagem e mecânicos, há lições práticas importantes:

  • Procedimentos de sobrevivência e resgate: o fato de todas as tripulações terem sido resgatadas com vida evidencia a eficácia do treinamento de equipe de voo e das equipes de busca e salvamento embarcadas.
  • Preservação de evidências: mecânicos devem conhecer métodos de isolamento contra corrosão salina e como preparar componentes para transporte e análise forense sem comprometer provas.
  • Segurança da informação: operações que envolvem equipamento militar realçam a necessidade de protocolos para proteção de dados e sistemas embarcados; em contextos civis, a lição é manter procedimentos claros para manipulação de dados sensíveis de voo.
  • Conhecimento de sistemas de apoio: entender o papel de ROVs, sistemas de içamento remoto e mapeamento batimétrico amplia a visão operacional de quem atua com operações de SAR e apoio em ambiente marítimo.

Investigações formais dependem da análise detalhada dos componentes recuperados e dos depoimentos das tripulações. Para aspirantes a investigador de acidentes ou engenheiro de manutenção, isso reforça a importância de documentação precisa, logs de manutenção e familiaridade com protocolos de investigação (preservação de evidências, registros de missão e coordenação interagências).

No contexto brasileiro, embora a operação envolva forças estrangeiras e um teatro geopolítico distinto, as lições técnicas e procedimentais são aplicáveis: Segurança de Voo, preparação para emergências e a manutenção rigorosa de registros são pilares que aumentam a resiliência operacional em qualquer frota ou unidade de aviação.


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