O fato
A Synerjet concluiu em novembro, em Goianápolis (GO), a segunda turma de formação de pilotos do Pelican 2, classificando profissionais para operar o drone agrícola de grande capacidade. Os aprovados passam a integrar um banco de operadores disponível para atender empresas interessadas na aeronave.
Análise técnica e educacional
O curso combinou aulas teóricas, sessões em simulador e módulos sobre responsabilidade civil aplicáveis a operações de aeronaves não tripuladas. O simulador dedicado ao Pelican 2 reproduz operação por rádio‑controle em tempo real e permite treinos simultâneos em ambientes distintos, aumentando o realismo e acelerando a capacitação prática.
No módulo prático final — previsto para ocorrer em campo nas próximas semanas — os pilotos aplicam conhecimentos de aplicação agrícola ministrados por especialistas da AgroEfetiva. Entre os tópicos abordados estiveram a regulagem de bicos, controle de vazão, uniformidade e precisão de pulverização, itens fundamentais para eficiência e mitigação de deriva.
Do ponto de vista operacional, o Pelican 2 transporta até 300 litros de carga útil, conta com cinco conjuntos de baterias para operação contínua e pode cobrir até 90 hectares por hora, dependendo da taxa de aplicação e do tamanho das áreas. A capacidade de operar à noite amplia a janela produtiva e possibilita intervenções em pragas com maior atividade noturna.
Para estudantes e técnicos, há implicações práticas claras: o uso de simuladores reduz a curva de aprendizado no controle remoto e permite replicar situações de falha com segurança; o domínio da regulagem de bicos e dos parâmetros de vazão é essencial para técnicos de aplicação; e a compreensão das responsabilidades civis e regulatórias é requisito mínimo para quem pretende prestar serviço comercial.
Do ponto de vista de carreira, a criação de um banco de operadores qualificados tende a facilitar a adoção do equipamento por empresas do agronegócio, criando demanda por pilotos treinados, equipes de manutenção e consultoria técnica em pulverização de precisão.
Uma nova turma já está em formação para março de 2026, indicando continuidade no investimento em capacitação pela Synerjet e reforçando a necessidade de formação técnica estruturada para operar plataformas de média e grande capacidade.
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