- O que aconteceu: O governo federal voltou a avaliar a possibilidade de voos comerciais no Aeroporto Executivo Catarina, em São Roque, segundo declaração do ministro Silvio Costa Filho ao jornal O Globo.
- Por que importa: Catarina surge como alternativa ao triângulo Congonhas–Guarulhos–Viracopos; isso pode alterar planejamento de rotas, alternates e requisitos operacionais para operadores.
- O que muda na prática: Se houver avanço formal, haverá impacto em planejamento de voo, homologação de procedimentos e na coordenação entre operador, JHSF (proprietária) e ANAC.
Por Redação EPA
O governo federal voltou a avaliar a possibilidade de autorizar voos comerciais no Aeroporto Executivo Catarina, em São Roque, disse o ministro Silvio Costa Filho ao jornal O Globo — esta é uma das notícias da aviação sobre alternativas aeroportuárias para São Paulo.
Atualmente a malha paulista é atendida por Congonhas e Guarulhos, com suporte de Viracopos (Campinas) e SJK (São José dos Campos). O Catarina fica a aproximadamente 1h30 do centro de São Paulo, similar a Viracopos; o aeroporto de Olímpia, também citado pelo ministro, está a cerca de 5h30 da capital.
O que isso muda na prática (piloto, mecânico e aluno)
- Planejamento de rota: novos alternates potenciais e diferentes tempos de taxi/leg podem exigir revisões de combustível e MEL/checklists de dispatch.
- Procedimentos e navegação: qualquer operação comercial exigirá homologação de procedimentos instrumentais (RNAV/PBN ou procedimentos visuais) e publicação de cartas; pilotos e instrutores devem acompanhar NOTAMs e mudanças de procedimentos.
- Operações de solo e manutenção: verificação de infraestrutura RFF (rescue and firefighting), serviços de handling e combustível pode afetar disponibilidade de aeronaves e prazos de manutenção.
- Carreira e instrução: escolas e instrutores devem preparar alunos para familiarização com aeródromos alternativos e procedimentos locais; mecânicos devem checar demandas específicas de suporte em aeródromos privados.
Análise Técnica EPA: segurança operacional e instrução
Do ponto de vista operacional, abrir um aeródromo executivo para voos comerciais envolve três frentes principais: infraestrutura física (pista, PCN, iluminação), serviços (RFF, combustível, handling) e regulação (homologação de procedimentos e certificação).
Riscos e pontos de atenção:
- Comprimento e características da pista: confirmar PCN, largura e obstáculos para tipos de aeronaves comerciais previstas.
- Categoria RFF e disponibilidade 24/7: operações comerciais costumam exigir níveis específicos de salvamento e combate a incêndio.
- Controle de tráfego e integração com ATC/metar: hubs alternativos mudam fluxo de tráfego; pilotos devem checar frequência, limites de CTR e coordenação com órgãos locais.
Recomendações de treinamento e procedimentos:
- Familiarização pré-voo com cartas e NOTAM; treinos de abordagem e saídas com simulações de alternates.
- Checklist de dispatch ampliado para considerar suporte em aeródromo privado (peças, manutenção, remoção de combustível).
- Capacitação para equipes de solo em RFP e procedimentos operacionais conforme RBAC aplicáveis.
Nota regulatória: qualquer mudança para operações comerciais depende de avaliações e certificações da ANAC e da conformidade com RBAC aplicáveis (ex.: RBAC 139 trata de requisitos para aeródromos; RBACs são normas brasileiras de aviação civil).
O que sabemos e o que ainda falta confirmar
- Confirmado: O ministro Silvio Costa Filho mencionou ao jornal O Globo que o governo busca alternativas no estado de São Paulo, citando os aeroportos de Olímpia e Catarina.
- Confirmado: O Aeroporto Executivo Catarina é propriedade da JHSF, que, até agora, tem focado o local em aviação executiva e privada.
- Em apuração: Não há confirmação pública de que a JHSF pretende abrir o Catarina para voos comerciais nem cronograma oficial da ANAC para qualquer mudança.
Mini-glossário (1 minuto)
- ANAC: Agência Nacional de Aviação Civil do Brasil, responsável por homologações e regras operacionais.
- NOTAM: Aviso operacional temporário publicado para informar pilotos sobre condições ou restrições no aeródromo.
- RBAC 139: Regulamento Brasileiro de Aviação Civil sobre requisitos para aeródromos; define padrões de segurança e infraestrutura para operações.
Fontes consultadas
- O Globo — declaração do ministro Silvio Costa Filho (cite: O Globo)
- JHSF — informações institucionais sobre Aeroporto Executivo Catarina
- ANAC — Agência Nacional de Aviação Civil (consultar normas e procedimentos)
✈️ Não seja surpreendido na banca da ANAC
Notícias mudam, mas a base teórica é o que garante sua segurança e sua carteira. Garanta sua aprovação estudando com quem entende.

