Imagem horizontal representando ventos SP LATAM usa 777 no GRU–SSA para aliviar atrasos, sem textos escritos

Ventos em SP: LATAM usa 777 no GRU–SSA para aliviar atrasos — o que muda

  • O que aconteceu: Ventos fortes em São Paulo desorganizaram a malha aérea e a LATAM escalou um Boeing 777-300ER (PT-MUD) para um bate e volta GRU–SSA, com voos JJ-9014/9015 no dia 12/12.
  • Por que importa: Caso real de gestão de irregularidades, planejamento de frota e limites operacionais em metrologia adversa; lições diretas para operação, manutenção e atendimento ao passageiro.
  • O que muda na prática: Mais atenção a METAR/NOTAM, replanejamento de tripulação e despacho (RBAC 121), e preparo de solo para widebody em rotas domésticas.

Por Redação EPA

Nas notícias da aviação, ventos fortes em São Paulo provocaram disrupção na malha nacional e levaram a LATAM a operar um raro bate e volta do Boeing 777-300ER entre Guarulhos (GRU) e Salvador (SSA) em 12 de dezembro.

Segundo vídeos publicados por Luciedson Ferreira, o 777 de matrícula PT-MUD (capacidade acima de 360 passageiros) decolou de GRU às 11h04 como JJ-9014 e pousou em SSA às 12h52. Menos de duas horas depois, decolou às 14h30 como JJ-9015, chegando a GRU às 16h32.

A aeronave widebody foi alocada para transportar passageiros que não puderam ser acomodados nos dois dias anteriores por conta dos ventos em São Paulo, que impactaram toda a malha das três grandes companhias. Ainda conforme o autor, fazia mais de dois anos que um 777 da LATAM não pousava em Salvador.

O movimento ilustra como, em eventos meteorológicos com rajadas e restrições operacionais, empresas recorrem a aeronaves de maior porte para reduzir backlog e normalizar conexões em seus hubs.

O que isso muda na prática (piloto, mecânico e aluno)

  • Planejamento e despacho: revise limites de vento de pista e de aeronave no despacho operacional (RBAC 121) e antecipe alternados viáveis quando a capacidade do aeroporto hub cai.
  • Tripulação: atenção a jornada, descanso e troca de tripulação conforme Lei do Aeronauta e políticas de gerenciamento de fadiga; irregularidades se acumulam rapidamente.
  • Manutenção e solo: preparar equipes e equipamentos para receber widebody fora da escala usual (gate, ponte, pushback, catering e MRO para liberação rápida).

Análise Técnica EPA: segurança operacional e instrução

Vento forte e variável em São Paulo reduz a capacidade das pistas e aumenta espaçamentos. Com atrasos e cancelamentos, o backlog de passageiros cresce. Uma resposta clássica é usar widebody em rotas domésticas para “varrer” a fila de reacomodação, preservando conexões no hub.

Do ponto de vista regulatório, o RBAC 121 (operações de transporte aéreo) exige processo formal de despacho, gestão de MEL/CDL e procedimentos para operações irregulares, incluindo alternados e replanejamento. A leitura atenta de METAR e NOTAM orienta a decisão de decolar, segurar, alternar ou cancelar.

Como referência de gestão operacional, um caso recente internacional citou um retorno ao hub por falha em rádio altímetro rumo a um aeroporto em altitude elevada. A lógica é semelhante: retornar ao hub agiliza manutenção e reacomodação, reduzindo tempo de aeronave no solo e impacto na malha. Para quem acompanha notícias aviação, é uma lição clara de por que o hub costuma ser o ponto de convergência em anormalidades.

O que sabemos e o que ainda falta confirmar

  • Confirmado: Operação GRU–SSA–GRU com o Boeing 777-300ER (PT-MUD) da LATAM, voos JJ-9014/9015, com horários 11h04→12h52 e 14h30→16h32.
  • Confirmado: Motivo geral: ventos fortes em São Paulo gerando disrupção da malha e necessidade de reacomodação.
  • Confirmado: Raridade do 777 em Salvador e intervalo superior a dois anos sem pousos do tipo, segundo o autor dos vídeos.
  • Em apuração: Quantidade exata de passageiros reacomodados no GRU–SSA–GRU.
  • Em apuração: Detalhes METAR/NOTAM específicos (rajadas, configurações de pista) durante as janelas dos voos.
  • Em apuração: Posicionamento oficial da LATAM sobre critérios de alocação do 777 e impactos na malha do dia.

Mini-glossário (1 minuto)

  • METAR: boletim meteorológico aeronáutico de observação de aeródromo, emitido regularmente.
  • NOTAM: aviso a navegantes com informação essencial e temporária que afeta operações.
  • Rádio altímetro: instrumento que mede a altura da aeronave em relação ao solo por ondas de rádio.

Fontes consultadas


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