Imagem ilustrando o valo vertical héli air, rotas na Côte d'Azur e impacto operacional, sem textos escritos

Valo da Vertical para Héli Air Monaco — rotas na Côte d’Azur e impacto operacional

  • O que aconteceu: A Vertical Aerospace e a Héli Air Monaco assinaram um Memorando de Entendimento (MoU) para pré-encomenda do eVTOL Valo, destinado a operações na Côte d’Azur (Mônaco, Nice, Cannes, Saint-Tropez).
  • Por que importa: A aeronave promete voos silenciosos e emissões operacionais zero, exigindo adaptações de infraestrutura, procedimentos operacionais e formação específica de tripulação e manutenção.
  • O que muda na prática: operadores, pilotos e mecânicos terão que incorporar requisitos de certificação elétrica e de segurança para eVTOL, integração com aeroportos/heliportos locais e novos padrões de gestão de baterias e procedimentos SOSA/RCI.

Por Redação EPA

A Vertical Aerospace anunciou, em comunicado, a assinatura de um Memorando de Entendimento com a Héli Air Monaco para a pré-encomenda da aeronave Valo — nova versão do eVTOL VX4 — que deverá operar rotas entre Mônaco, Nice, Cannes e Saint-Tropez. A Valo foi apresentada em Londres e a fabricante indica objetivo de certificação regulatória sincronizada pela União Europeia (EASA) e pelo Reino Unido em 2028.

A Héli Air Monaco declara que integrará o Valo à sua rede de transferências premium, oferecendo voos com emissões operacionais zero e redução significativa de ruído. A cabine inicial acomodará quatro passageiros (com previsão de opção para seis no futuro) e capacidade para bagagem de cabine e de porão, segundo a Vertical.

O que isso muda na prática (piloto, mecânico e aluno)

  • Pilotos: exigência de treinamentos específicos em operação de eVTOL elétrico, gestão de energia/baterias e procedimentos de emergência diferentes de helicópteros convencionais.
  • Mecânicos/Manutenção: nova rotina de inspeções elétricas, gerenciamento de celas de bateria, protocolos de segurança de alto-voltagem e necessidade de certificação de pessoal para componentes elétricos.
  • Alunos e instrutores: inclusão de tópicos sobre aviônica elétrica, gestão térmica de baterias, fatores humanos em operação multimodal e integração com NOTAMs/infra local.

Análise Técnica EPA: segurança operacional e instrução

Do ponto de vista de uma escola de aviação, a introdução do Valo em rotas curtas e frequentadas da Riviera exige planejamento e mitigação de riscos em três frentes: aeronave, infraestrutura e pessoa.

Aeronave — o Valo é projetado como eVTOL com cabine premium; operações elétricas implicam foco em gestão de energia, redundância elétrica e procedimentos de abandono/aterrissagem autorrecovered. O padrão de segurança referido (10-9) indica metas de probabilidade de falha extremamente baixa por hora operacional; isso traduz-se em requisitos rigorosos de projeto e certificação.

Infraestrutura — aeroportos e heliportos (Aéroports de la Côte d’Azur, Monaco Heliport) devem adaptar pontos de pouso, recarga/energização e proteção contra incêndio específica para baterias de alta energia. Procedimentos de solo e comunicações com ATC/GTG precisam ser revisados para integrar eVTOLs em slots de táxi aéreo já movimentados.

Pessoas — formação obrigatória: treinamentos em gerenciamento de energia, procedimentos de contingência de baterias, fatores humanos em consoles elétricos e gestão de carga/embarque. Para operadores brasileiros, o RBAC (Regulamento Brasileiro da Aviação Civil) define requisitos locais de certificação e operação; em operações internacionais, a EASA/UK CAA ditarão homologações e procedimentos aplicáveis.

Exemplo prático de conteúdo formativo: briefings de pré-voo com checagens específicas de estado de carga, inspeção pré-voo de sistemas elétricos, simulações de perda parcial de propulsão elétrica e procedimentos de evacuação com risco de incêndio por bateria.

O que sabemos e o que ainda falta confirmar

  • Confirmado: Assinatura de MoU entre Vertical Aerospace e Héli Air Monaco para pré-encomenda do Valo (comunicação das empresas).
  • Confirmado: Plano de operar entre Mônaco, Nice, Cannes e Saint-Tropez com foco em voos silenciosos e emissões operacionais zero; cabine inicial para quatro passageiros, opção futura para seis.
  • Em apuração: cronograma operacional preciso (datas de início de serviço), número de unidades a serem entregues por fase, detalhes contratuais, e adaptações específicas de infraestrutura em cada heliporto/aeroporto.

Mini-glossário (1 minuto)

  • eVTOL: aeronave elétrica de decolagem e pouso vertical; combina tecnologia elétrica com rotors para operações urbanas e regionais.
  • RBAC: Regulamento Brasileiro da Aviação Civil (normas da ANAC); estabelece requisitos de certificação e operação no Brasil.
  • EASA: European Union Aviation Safety Agency — agência da União Europeia responsável por certificação e normas de segurança aeronáutica na Europa.

Fontes consultadas


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