- Tarifa média doméstica caiu 11% desde 2022; QAV -29% vs. out/2022.
- Mais demanda = mais horas de voo, frota mais ativa e manutenção acelerada.
- Leia até o fim para dicas de prova da ANAC e efeitos no RBAC 121/117/145.
Você que estuda aviação precisa saber disso: o MPor, com base em dados da ANAC, aponta que a tarifa média das passagens domésticas caiu 11% entre janeiro-outubro de 2025 e o mesmo período de 2022 (R$ 721,57 → R$ 642,19, já deflacionado). No mesmo horizonte, o total de passageiros cresceu 24%: foram mais de 83 milhões em 2025 (jan-out) contra 67,1 milhões em 2022.
Segundo o ministro Silvio Costa Filho, o preço do QAV em outubro/2025 ficou 29% abaixo de outubro/2022. Resultado: mais assentos com tarifa abaixo de R$ 500 — o share subiu 7 pontos percentuais e já supera metade dos bilhetes vendidos.
Por que isso importa para sua carreira
Na minha experiência instruindo alunos, quedas de tarifa sustentadas, combinadas a QAV mais barato, ativam três frentes: aumento de oferta de voos, maior utilização de frota e aceleração de contratações. Tecnicamente falando, isso mexe nos indicadores de ASK/RPK, fator de ocupação e yield, que você verá tanto na prática quanto nas provas.
Para pilotos, mais demanda costuma significar mais horas de voo e oportunidades em operações RBAC 121 e RBAC 135. Para mecânicos, ciclos de A-check/C-check encurtam no calendário conforme a utilização sobe, ampliando vagas em OMAs (RBAC 145). Comissários veem incremento de escalas e reforço de compliance com RBAC 117 (fadiga).
Análise técnica: preço do QAV, yield e malha
O QAV representa cerca de 40% do custo das companhias. Uma queda de 29% alivia o CASM e permite tarifas mais agressivas sem destruir margem por assento. Isso amplia rotas marginais e reforça bancos de conexão em hubs.
Com tarifa média em R$ 642,19 e procura em alta, é comum vermos:
- Reforço de frequências em rotas troncais (ex.: CGH–SDU) e aumento de slot utilization.
- Retomada/abertura de mercados secundários sob RBAC 135 (aviões menores, maior capilaridade).
- Pressão por eficiência de frota (famílias A320neo, 737 MAX) para capturar ganhos de consumo.
Para a segurança operacional, mais ciclos exigem vigilância em FDM/FOQA, adherence a SOPs e gestão de fadiga (RBAC 117). Para a manutenção, o planejamento de materiais e controle de confiabilidade precisam acompanhar a nova cadência.
O que pode cair na banca da ANAC
Conecte a notícia ao seu estudo:
- RBAC 61 (licenças e habilitações) e RBAC 121 (regras operacionais) — entenda limites de peso, balanceamento e performance com aeronave em alta utilização.
- Planejamento de combustível (Reserva, Alternado, Contingência) — impactos de preço de QAV no dispatch, mas sem comprometer requisitos regulatórios.
- Meteorologia e despacho — aumento de malha = mais alternados, cálculo de ETP/PNR em provas avançadas.
- RBAC 145 — responsabilidades da OMA frente à aceleração de checks.
Dica rápida de prova: diferencie yield (receita por passageiro-quilômetro) de tarifa média (valor do bilhete). Queda de tarifa não implica queda de yield se houver ganho de ocupação e mix de rotas.
O que observar nos próximos meses
- Se a tendência se mantiver, a aviação doméstica pode ultrapassar a marca de 100 milhões de passageiros em 2025, segundo o MPor.
- Sinais de contratação em centros de treinamento, abertura de turmas de TR e prazos de recurrent mais apertados.
- OMAs ampliando turnos e estoques críticos para suportar turnaround mais curto.
(Sugestão de imagem: Foto de pátio com três narrowbodies em pushback ao entardecer, destacando consumo de QAV e giro de aeronaves)
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Seja para Piloto Privado, Comercial, Comissário ou Mecânico, a base teórica é o pilar da segurança de voo. Não conte com a sorte na hora da prova.
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