727 da Aerosucre colapsa trem em Barranquilla: lições de QRH e pouso overweight

  • Emergência após decolagem em Barranquilla; colapso do trem esquerdo no pouso do **Boeing 727-200 HK-5216**.
  • Possível pouso **overweight**, checklist **QRH** e técnicas de estabilização em foco.
  • Por que isso importa: limites estruturais, **RBAC** relevantes e o que cai na banca da **ANAC**.

Você que estuda aviação precisa saber disso: um cargueiro **Boeing 727-200** da **Aerosucre** retornou a **Barranquilla (Colômbia)** após pane na subida e teve o **trem de pouso esquerdo colapsado** na aterrissagem. Não houve feridos, e o aeroporto foi fechado até a remoção da aeronave.

Para quem voa no Brasil, o caso conversa com práticas do **RBAC 121** (operações de transporte) e conteúdos clássicos da banca da **ANAC**: tomada de decisão, pouso em massa acima do limite, e resposta a panes do trem.

(Sugestão de imagem: Foto lateral de um Boeing 727 cargueiro em pouso, com foco no conjunto do trem principal esquerdo e equipes de resgate ao fundo)

Análise técnica: o que o 727 ensina nesta emergência

1) Aviate, Navigate, Communicate
Após falha na subida, a tripulação prioriza controle, sobe para altitude segura, aciona o QRH e decide: queimar combustível, orbitar ou pousar de volta. Em aeronaves como o 727, nem sempre há sistema de fuel jettison; portanto, o retorno pode ocorrer com massa acima do MLW.

2) Pouso overweight: limites e técnica
Um pouso acima do **MLW** exige controle da **taxa de razão** (evitar toque duro), ajuste de **Vref** conforme procedimento, pista adequada e briefing de arremetida caso a aproximação não esteja estabilizada. Na minha experiência instruindo alunos, a disciplina de perfomance e estabilização reduz o risco de sobrecarga estrutural no trem.

3) Colapso do trem: possibilidades técnicas
Colapsos podem envolver falha de downlock, ruptura de side brace, perda hidráulica, ou cargas excessivas por toque fora de parâmetros. O contato da asa com a pista e faíscas indicam arraste estrutural e risco de incêndio, mitigado pela resposta do **SESCINC/ARFF**. A investigação da Aeronáutica Civil da Colômbia (GRIAA) deve apontar causa-raiz.

4) Checklists e CRM
Com trem suspeito, o **QRH** do 727 orienta checagens de indicação de travamento, alternate extension e preparo para pouso de precaução. O **CRM** é crítico: dividir tarefas entre PF/PM, coordenação com ATC e equipes de solo.

5) Manutenção pós-evento
Para mecânicos, ficam os focos de inspeção: trunnion do MLG, side brace, pontos de fixação da asa, amortecedor/strut, sistemas hidráulicos, freios e rotas de combustível na asa esquerda. Inspeções **NDT** e checagem de overweight landing conforme manual do fabricante e requisitos equivalentes ao **RBAC 43/145**.

O que cai na prova da ANAC

  • Performance: diferença entre **MTOW** e **MLW**, cálculo de distância de pouso e limites de **sink rate**.
  • Operações (RBAC 121/91): decisão de retorno, declaração de emergência, critérios de aproximação estabilizada.
  • Sistemas: indicações de trem de pouso, travamento, circuitos hidráulicos e procedimentos de extensão alternativa.

Dica de ouro: em panes no trem, memorize a sequência QRH e os gate checks de aproximação estabilizada. Técnica consistente reduz a chance de cargas assimétricas no toque.

Contexto adicional: registros públicos indicam que a aeronave HK-5216 já enfrentou pane elétrica em 6 de dezembro, com retorno seguro a Bogotá. As causas do evento atual serão confirmadas apenas pela investigação oficial.


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