PF flagra rede em salas VIP de GRU: lições de AVSEC que impactam sua carreira

  • O que aconteceu: A Polícia Federal deflagrou a Operação Heavy Cleaning em GRU, com 10 prisões e 10 buscas.
  • Impacto técnico: Alerta máximo para AVSEC, controle de acesso a Áreas Restritas de Segurança e integridade da cadeia estéril.
  • Por que ler: Checklist prático para pilotos, comissários e mecânicos e como isso cai na prova da ANAC (RBAC 107 e PNAVSEC).

Você que estuda aviação precisa saber disso: a Polícia Federal apontou que uma rede criminosa explorava funcionários de limpeza de salas VIP em Guarulhos para inserir clandestinamente cocaína nas áreas internas do aeroporto.

Foram cumpridos 10 mandados de prisão e 10 de busca e apreensão. Celulares e materiais foram recolhidos para perícia. Os investigados podem responder por tráfico internacional e associação para o tráfico.

O que está em jogo (contexto brasileiro)

GRU é o aeroporto mais movimentado do país. Quando a ameaça vem de dentro (a chamada insider threat), o sistema de AVSEC precisa reforçar controle de acesso, rastreabilidade e inspeções em áreas sensíveis.

Na minha experiência instruindo alunos, casos assim costumam gerar revisões imediatas em procedimentos, briefing extra de segurança e mais inspeções em cabine, porões e catering.

Análise técnica: o que a notícia ensina

Tecnicamente falando, o vetor explorado foi o acesso de limpeza a Áreas Restritas de Segurança (ARS), onde vale a premissa da cadeia estéril: tudo que entra deve ser controlado, inspecionado e rastreável.

Para o Brasil, o guarda-chuva regulatório é o RBAC 107 (segurança da aviação contra interferência ilícita) e o PNAVSEC. Operadores de aeródromo (RBAC 139) e empresas auxiliares precisam ter programas de segurança aprovados e auditáveis.

Pilotos e Comissários: ações práticas

  • Security search antes do embarque: assentos, bolsões, lavatórios, galleys, carrinhos e compartimentos.
  • Lacres: confira integridade e numeração de lacres de trolleys, carts e portas de porões quando aplicável.
  • Cabine e porões: qualquer item não identificado = interrompa o fluxo, isole e acione a segurança do operador e autoridade aeroportuária. Não manipule.
  • CRM e reporte: use ASR/relato interno de segurança. Documente hora, local, fotos (se permitido) e pessoas envolvidas.

Mecânicos e equipes de manutenção

  • Inspeções direcionadas em E&E bay, porões dianteiro/traseiro, wheel wells e painéis abertos recentemente.
  • Controle de ferramentas e lacres: inventário fechado, reconciliado e lacrado quando aplicável.
  • Acesso: verifique autorização de terceiros em área técnica; registro de entrada/saída e escolta quando prevista.
  • FOD walk com olhar AVSEC: objetos fora do lugar podem ser risco de segurança, não só operacional.

Operações de Solo e Limpeza

  • Crachás e chaves: duplo controle, logs de uso e auditoria surpresa.
  • Roteiro de serviço: minimize acessos desnecessários e segregue funções sensíveis.
  • Rastreamento de carrinhos/catering com lacres e cadeia de custódia.

Como cai na banca da ANAC

  • RBAC 107 / PNAVSEC: conceitos de insider threat, ARS, cadeia estéril e controle de acesso.
  • Procedimentos: o que fazer ao encontrar item suspeito e quem acionar.
  • Fatores Humanos / SMS: percepção de ameaça, comunicação e tomada de decisão.

O que esperar no curto prazo em GRU

  • Reforço de inspeções em cabine, porões e catering.
  • Checagens adicionais de crachás e rotas de acesso em salas VIP e áreas adjacentes.
  • Briefings extras e, possivelmente, mais tempo de solo para cumprir novos protocolos.

(Sugestão de imagem: Foto do píer internacional de GRU com foco em controle de acesso e equipes de solo em operação)


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