- Infraero ampliou áreas de embarque/desembarque remoto e adicionou oito ônibus 100% elétricos no Santos Dumont.
- Impacto técnico: alterações em tempos de taxi, procedimentos de rampa e requisitos de manutenção para veículos elétricos.
- Leia até o final para entender como isso afeta sua rotina como piloto, mecânico ou agente de rampa — e o que estudar para a ANAC.
Você que estuda aviação precisa saber disso: a Infraero inaugurou melhorias no Aeroporto Santos Dumont (SDU) focadas em fluxo de passageiros, eficiência operacional e sustentabilidade. Entre as ações, foram ampliadas as áreas de embarque/desembarque remoto, instaladas duas novas esteiras de restituição (total de seis), sanitários modernizados e a introdução de oito ônibus 100% elétricos — quatro deles com três eixos e capacidade para até 83 passageiros (30 sentados + 53 em pé) e quatro com capacidade para 64 passageiros.
Na minha experiência instruindo alunos em operações aeroportuárias, mudanças físicas como esta impactam diretamente o planejamento de voo, a checagem de desempenho e os procedimentos de solo. Tecnicamente falando, embarque remoto altera tempos de operação e exige coordenação mais rigorosa entre tripulação, companhia aérea, controladores e equipe de rampa.
Análise técnica — o que muda na prática
1) Tempos de taxi e bloco: Estar em remote stands tende a aumentar o taxi-out e taxi-in por distâncias maiores até a cabeceira. Isso altera o cálculo de combustível e o briefing de partida. Para pilotos, revise performance de aceleração no solo, planejamento de combustível alternativo e margens de contigência.
2) Procedimentos de embarque e desembarque: Embarque remoto eleva a importância do briefing de embarque rápido e do gerenciamento de passageiros em desembarque. Agentes de bordo e comissários devem reforçar instruções de evacuação e manuseio de bagagem de mão, já que os ônibus têm áreas dedicadas para bagagem.
3) Operações de rampa e segurança: Mais remote stands significam mais veículos de apoio em movimento e novas rotas de deslocamento. Atenção ao marshalling, sinalização de pista e coordenação com a torre. Agentes de rampa precisam estar atualizados em procedimentos de segurança e organização de fluxos para evitar colisões ou incidentes durante embarque/desembarque.
4) Manutenção e logística dos ônibus elétricos: Os oito ônibus 100% elétricos iniciaram operação assistida por 30 dias, com testes acompanhados pela montadora. Para mecânicos, isso representa a necessidade de treinar em sistemas de tração elétrica, gestão de baterias, procedimentos de carregamento e segurança elétrica. A mudança também reduz emissões locais — benefício ambiental e de conforto operacional.
5) Impacto no treinamento e provas da ANAC: Conteúdos que caem nas bancas, como procedimentos de solo, segurança operacional e fatores humanos, ganham relevância prática. Recomendo revisar tópicos sobre ground handling, comunicação com ATC e normas de segurança de passageiros — materiais frequentes em simulados e provas.
Detalhes relevantes: investimento de R$ 42,19 milhões; limite operacional respeitando quatro pessoas por metro quadrado; elevadores e escadas rolantes em modernização; recuperação de taxiways; ampliação do STVV (Sistema de Transporte de Passageiros em Veículos de Pequeno Porte) e modernização do balizamento da pista.
(Sugestão de imagem: Foto em close dos novos ônibus elétricos em operação no pátio do Aeroporto Santos Dumont, com o terminal ao fundo.)
Prática recomendada: pilotos atualizem suas cartas operacionais locais e modelos de performance para incluir variação de taxi. Mecânicos e agentes de rampa devem documentar procedimentos de carregamento e emergência para veículos elétricos e incorporar isso nas listas de verificação do dia a dia.
Na minha experiência, iniciativas como essa aumentam a complexidade operacional no curto prazo, mas elevam o padrão de segurança e sustentabilidade no médio prazo — e oferecem novo campo de atuação técnica para profissionais que se especializam em mobilidade elétrica aplicada à aviação.
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