Honeywell reuniu operadores em São Paulo para tratar de conectividade, inovação e segurança na aviação executiva, com relatório global apontando entregas e investimentos bilionários
Em São Paulo, operadores da aviação executiva se encontraram para debater tecnologias que aumentem a previsibilidade e a disponibilidade da frota.
O evento serviu para apresentar a 34ª edição do Relatório Global de Aviação Executiva e discutir como conectividade e análise de dados podem reduzir custos operacionais.
As informações e projeções apresentadas à plateia reforçam o otimismo sobre a região e as demandas dos operadores, conforme informação divulgada pela Honeywell.
Relatório global e projeções de mercado
A pesquisa destaca que, na próxima década, serão entregues cerca de 8.500 jatos executivos, totalizando investimentos de US$ 283 bilhões.
Na América Latina, a expectativa é receber 7% dessas entregas nos próximos três anos, com 15% da frota mundial baseada na região e 19% dos operadores locais já possuindo pedidos firmes. Além disso, 33% dos operadores latino-americanos projetam aumento na atividade de voo, um índice de otimismo superior à média global.
Esses números mostram por que a região tem sido apontada como um dos polos de crescimento da aviação executiva, e por que fabricantes e fornecedores intensificam ofertas específicas para o mercado local.
Posicionamento da Honeywell e declarações dos líderes
Sobre a dinâmica regional, José Fernandes declarou, “Quando analisamos os indicadores, fica claro que a América Latina é uma das regiões mais dinâmicas da aviação executiva mundial. Com 15% da frota global aqui, e operadores com forte intenção de compra e expectativa de crescimento, a região se consolida como força motriz do mercado. A Honeywell está pronta para apoiar essa expansão com soluções avançadas que atendam às necessidades específicas dos operadores locais”.
O gerente regional José Vinicius, JV Teixeira, também reforçou o foco em tecnologia, “A crescente demanda na aviação executiva latino-americana exige tecnologias que auxiliem operadores a tomar decisões rápidas, seguras e eficientes. Nossas soluções em conectividade, navegação, manutenção e análise de dados têm exatamente este propósito: garantir operações previsíveis, disponibilidade da frota e uma experiência superior para pilotos e passageiros”.
Demandas operacionais e soluções tecnológicas
Os debates no evento destacaram a busca por previsibilidade operacional, disponibilidade e otimização de custos, fatores que impulsionam a adoção de sistemas de conectividade, monitoramento e manutenção preditiva.
Operadores e fornecedores discutiram como integrar dados de voo, saúde da aeronave e telecomunicações para reduzir tempo em solo e melhorar a experiência de tripulação e passageiros.
Palestras sobre liderança e segurança na cabine
O evento trouxe painéis sobre liderança e tomada de decisão, com a participação de Dave “Bio” Baranek, instrutor do programa TOPGUN, que afirmou, “Uma das maiores ameaças na aviação é a complacência. Um piloto com quem voei certa vez me alertou sobre isso, e essa lição me acompanhou por toda a carreira”.
O jornalista e piloto William Waack participou do painel “Dos Estúdios à Cabine de Comando: As Lições de William Waack para o Setor”, e destacou a importância da doutrina de segurança, “Tudo se combina: treinamento, capacidade técnica da aeronave, mas o fundamental é ter na mente que a aviação é fantástica se houver doutrina de segurança”.
Ao final, a conferência mostrou que, além dos números otimistas, o avanço da aviação executiva na América Latina dependerá da integração entre tecnologia, treinamento e práticas que elevem a segurança operacional.
